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Thursday, May 04, 2006

Francis Alys. "Narcoturismo". Série de fotos tomadas drogado

Uma resposta...

"Isso aciona sua prática (docente /estudiosa /investigadora /vital) cotidiana? Como?"

"Por estar em momentos de transição (ainda que todos o sejam), este curso é particularmente um potencializador de novos olhares e possibilidades. Deparar-me com expressividades artísticas como o cinema numa vertente poética e os grupos de intervenção na paisagem urbana, que por vezes de tão efêmera faz-se tão fria, é de vital importância.
Por isso aprecio mais esta mudança vital, mesmo, e não distancio nada do corpo, esse encontro físico, essa ebriedade, que me povoa e me leva na corrente, ainda que não saiba precisar 'qual'.
Enfim, se a fala de vocês, as expressividades de vocês, os assuntos que foram de alguma forma trazidos à tona me potencializam é porque certamente o momento de inquitude se faz presente. E isto não diz respeito ao meu corpo (somente), mas ao mundo que me circunda e crio, que alastro, também, através do olhar de vocês.
Processo monográfico e 'estagiar' que estará subcutaneamente perpassado por estes afetos. Estes assuntos são ótimos porque me colocam em movimento... Fazem-nos assumir este devir...
Acho que isto que importa.
(Não é?)

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O "Isso" da pegunta é referente ao curso de extensão que estou participando: "Filosofia, arte e educação: Deleuze e o abecedário", com as professoras Carla e Cynthia. Dentre tantas orgias, trabalhamos com Agnez Vàrda, Francis Alys, Grupo recolectivo, Grupo La Baulera, sempre, obviamente estabelecendo encontros com a filosofia de Deleuze. Esta pergunta foi feita após muita conversa sobre terrorismo poético, sobre criação de sentido a partir da experiência do sem-sentido, da relação que uma intervenção, uma ação (e não uma obra!) só tem sentido quando propõe a inquietude, a comoção... Pareço meio boba, mas é tão lindo tudo isso...

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