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Thursday, May 04, 2006


"Arquivo-morto" ou os caçadores de sonho
Arquivo-morto - Parte I
Estranho é a baixa das desfesas
No justo momento da chegada
Pele inestesiada
Em frente ao êxtase (?)
Vontade de imersão
Tesão, liberto
Mas não estou somente aqui.
Por onde?
Por de trás desta porta coração?
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Arquivo-morto - Parte II
Por através deste líquido-vermelho afogo toda esta angústia que me consome nos últimos momentos. A falta.. Não é uma questão de aprender a lidar com ela, mas sim um olhar sem busca de foco. Despretencioso, diria-se; de passagem, instante, fugaz. Como dar conta de tamanha insensatez? Simples. Não dando! Estou à beira da explosão, e me sinto neste copo. (N) Esses raios.
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Arquivo-morto - Parte III
Qual foi mesmo a idéia que eu tive hoje? Vivo na constante tentativa de desprender-me que até esqueço. Agora penso na possibilidade (ou seria necessidade?) do esquecimento. Como fica o caso das memórias sepultadas? O que pode significar este 'arquivo morto'? Grande equívoco, este de a tudo nomear. Por vezes prefiro o silêncio, desde que ele não seja uma mudez docilizada, 'normal'.
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Arquivo-morto - Parte IV
Aversão a tudo que é dito sem contradição, claro, límpido, verdadeiro.
Quão profundos seriam estes se nunca foram jogados ao poço?
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Arquivo-morto - Parte V
Perder-se. Não na busca, meticulosa, mas no próprio ato de mover-se. Devir sem pureza. Devir sem certezas. Parto ao encontro do que ainda não sei. E não há nada que me garanta que o saberei da forma que dizem o que é o saber, depois de senti-lo.
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Arquivo-morto - Parte VI
A letra está crescendo. Será a minha vontade de invadir este pedaço de papel?
Será a vontade de dele tomar conta e depois fugir?
Estas letrinhas
a o z l m x f p
Adentro-me.
No sense.
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Arquivo-morto - Parte VII
(Oi. Estou aqui)
Mesa preta, cadeiras com um branco que é escondido. Isto não é puro contraste, aliás, as paredes são de um ocre vibrante que me comove.
Este cinzeiro está vazio. Nesta mesa niguém fuma. Nem eu.
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Arquivo-morto - Parte VIII
Agora vem o desejo de Caio Fernando Abreu. Ele está ao meu alcance, mas seria uma ferida exposta, neste momento, recorrer à sua dor.
Ele me faria chorar.
E eu voltaria a ser criança.
Sem me preocupar...
Sem nada esperar...
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Arquivo-morto - Parte IX
Agora minha mão é
engolida pelo copo
e se transforma
em vinho.
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Arquivo morto - Parte X
Cadê o hífen???
É tão interessante contemplar a felicidade da idolatria
"give love
under pressure"
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Arquivo-morto - Parte XI
É o desdobramento do tempo
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Arquivo-morto - Parte XII
Errei.
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Arquivo-morto - Parte XIII
liberdade - bar liberty
chorinho - little cry
1 mês 13 dias 54 minutos e 31 segundos (seconds).
nome significativo.
maracujá.
oh yeah.
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Arquivo-morto - Parte XIV
Esta imagem (intensa)
intrínseca (em mim)
Construo-a em ti.
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Arquivo-morto ou Arquivo - Parte XV
Mudou para arquivo. mas meu intuito não foi ressucitá-lo. Uma estranha abstenção do não-tempo que voltará (um dia) ao . (ponto)
Arquivo- morto.
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Arquivo-morto - Parte XVI
A imagem que criamos através da espontaneidade e desejo criados pela sonoridade.
Vocal do Portishead morena com cabelos compridos.
Assim a vejo em meu ouvido.
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Arquivo-morto - Parte XVII ou até que enfim
Vamos fotografar
o mundo
Ou seja, nós.
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Que noite! O bloquinho de papel do Paulinho (dono do bar) foi pro beleléu, mas até que foi divertido =D

2 comments:

  1. Oi Biga! Que legal estar presente no momento da tua criação. Melhor ainda foi te conhecer. Beijos!

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  2. no inverso do que se perde (não está morto)há dentro, uma necessidade de memória que não se esvai, apenas fragmenta, e outras vezes comunica seu movimento, sua necessidade de movimento. e vai circundando, reinventando... e o melhor, tocando e expericiando (que venha gozo, náusea) não há que temer. Vamos beber o sonho, beber até a beira!

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