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Tuesday, February 06, 2007

Memória revisitada [alguns fragmentos extemporâneos sofreres de caos]

Escrevendo pouco ou nada;

Vivendo, e constituindo-me de outras formas de escrita.

Escrita-olhar, escrita-lágrima.

Ainda hoje vi um pássaro na esquina

Que me contava poesias de desassossego...

– Onde termina teu corpo e começa o céu, dizia.

Esta visita-canção que me remete ao cálice,

Dor e lágrimas de fugas sem começo

Desencontro do frio e calor

Vazia.

Despertando entre o cume de paixões sem fim,

O que significa esta canção?

Um caminho, uma estrada, passos.

Eu, criança sem moradas,

Longe de todos,

Encontro em um rosto o amparo

Dos pássaros que voam,

E, vivos, sempre partem...

Mas a partida de já não estar ali

Não advém de desconsolos,

E é para além do céu

Que sempre dizem para tomar como verdadeiro.

Este canto não deseja dizer muita coisa...

Pretensões falíveis de mundos oníricos

De abraços, confortos sem armaduras,

Muros não mais escadas.

Finalmente decidida... Ainda que de pouco,

É para ti que está escrita esta canção.

Desejo, apenas.

Constituída de naus

De mares...

De movimento.

Oscilações e metamorfoses

----___----___----___----___

Onde está meu relógio?

Ah, me esqueci.

Ele se foi e só volta meia-noite, horário de Dodecaedro,

E de recomeçar:

Escrevendo pouco ou nada;

Vivendo, e constituindo-me de outras formas de escrita.

Escrita-olhar, escrita-lágrima.

----___----___----___----___

Tudo isto é um erro.

Mas bem pode ser sincero.

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