Para aqueles que porventura não conheçam Arthur Bispo do Rosário, ele é um artista brasileiro que foi 'descoberto' fazendo criações artísticas no interior de um hospício, a partir de resquícios materiais e instrumentos que lhe eram doados, e constituiu uma obra muito interessante tendo o bordado enquanto técnica, bem como o trabalho da palavra enquanto imagem (e da imagem como texto), num tom messiânico e visceral. 
Há no país um prêmio homônimo, que contempla pessoas que estão criando nestes espaços de serviços relativos à saúde mental. Isso faz-me lembrar de um programa de rádio da Rádio Com de Pelotas/Rs, no qual os apresentadores são os usuários da Capes da cidade (este é o termo corrente, evitando a tendência pejorativa), que é fantástico!
Eu simplesmente amei as fotografias que foram premiadas, e selecionei algumas para que possam ser apreciadas... 
 "Retrato Programado"
 "Retrato Programado"
Intervenção sobre foto p&b, de Maria Aparecida de Paula, usuária do Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, Campinas, SP. 
 "Solidão"
 "Solidão"
de André Luiz Xavier, usuário do CAPS/Itapeva e membro da Associação Franco Basaglia, São Paulo, SP.
 "A Descoberta"
 "A Descoberta" 
de Marli Coelho Marques de Abreu, usuária do Ambulatório de Saúde Mental do Mandaqui, São Paulo, SP.